Desafio Anita: 3. Local

Aldeia do Meco

De muitos que poderia ter escolhido, e de entre tantos que estive indecisa, escolhi a Aldeia do Meco.

Tenho de ser sincera, o primeiro que me ocorreu foi sem dúvida alguma a bela da Invicta, aquela cidade maravilhosa que é o Porto. Conseguia passar horas a debitar, e a descrever todos os detalhes que adoro nela, mas vou deixar para uma próxima publicação. Depois pensei na Suíça, depois em Londres, depois aquele sítio aqui nas redondezas onde se consegue ver o pôr-do-sol e o céu completamente estrelado sobre a cidade. Mas a Aldeia do Meco foi a feliz contemplada.

Razões: 

1. Tenho saudades da família que lá está, que já não vejo literalmente aos anos. Sempre que falamos ao telefone, parece que a chamada vem de um universo paralelo que só pode ser atravessado quando os planetas se alinham num dia de nevoeiro debaixo de um pessegueiro em flor ao meio dia em ponto. A malta cá em casa emociona-se, soltam-se lágrimas de um lado e outro do telefone - e não estamos assim tão longe quanto isso. 

2. O lugar em si parece um paraíso deslocado. Temos as praias, onde passava o final da tarde a ver os pescadores chegarem do mar e a arrastar as redes para o areal, num cenário alaranjado belíssimo, onde as gaivotas barulhentas cortavam o céu para ver o que tinha acabado de dar à costa. O caminho de casa até lá tinha uma grande zona que era rodeada de floresta, e que sabia tão bem atravessar a pé.
E o Cabo de Espichel. A imagem que ia colocar originalmente era do cabo, mas por alma do diabo não encontro essas fotografias em lado nenhum. Nem vou perder tempo com descrições, não vale a pena. Googlem! (que simpatia a minha). 

3. A noite. Tem lá uma rua que faz um U repleta de bares, que, durante o Verão se enche completamente de gente, de todos os tipos e espécies, parecem nascer do chão! Além dessa rua, existe mais um ou outro bar nas redondezas, e outro (que eu conheça) à beira-mar. Das últimas vezes que lá fui (há uns anos atrás), adorava sair por lá. Agora, não faço a menor ideia de como estão as coisas.

O Meco é sem dúvida um sítio onde passava férias no real sentido da palavra: sem preocupações, sem obrigações, sem deveres (a não ser lavar a loiça, se não era o fim do mundo em cuecas), e completamente alheia ao que se poderia passar no Norte.

Quem sabe este ano não regresse lá!

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