
Isto acontece exactamente com a malta graúda. Eish estamos mal porque tiramos uma nota da treta a não sei quê, ou então porque a vida não é como queriamos ou porque o cão roeu a perna da mesinha de cabeceira - há sempre alguma coisa que não bate certo. E queremos sempre mais. E mais...e mais! A natureza humana é assim mesmo. Nunca nos encontramos satisfeitos com o que temos. Estamos sempre em berreiro mesmo tendo aquilo que queriamos há relativamente pouco tempo atrás. Andamos numa roda gigante: ou estamos no topo, em extase com algo novo, ou em alegria decrescente com a rotina, ou no fundo, em profunda tristeza, ou em ascenção, quando o brilho de algo excitante surge. E nunca pára de girar. Não haverá maneira de evitar este sobe e desce todo? Que eu tenha conhecimento, não. E por mais que a ideia não fascine a ninguém, este sobe e desce é saudavel. Se parássemos no cimo da roda por demasiado tempo, aconteceria o mesmo que ao brinquedo inicial, que era novo e reluzente e se tornou em algo banal e aborrecido. A vista do topo tornar se ia repetitiva e vulgar. Por isso, há que andar as rodinhas.
Tem lógica :p
ResponderEliminar"E queremos sempre mais. E mais...e mais! A natureza humana é assim mesmo. Nunca nos encontramos satisfeitos com o que temos. Estamos sempre em berreiro mesmo tendo aquilo que queriamos há relativamente pouco tempo atrás."
ResponderEliminarOra, a ideia é mesmo essa. Ainda bem que nunca estamos satisfeitos com o que temos. Se assim fosse, ainda hoje andavamos todos de Fiat 127, víamos VHS e ouvíamos música em poderosas e compactas K7 audio, o que era chato, porque depois não tinhamos onde gravar os dónilos ilegais feitos da net.
Já dizia o outro senhor que parar é morrer, sobretudo se for na linha do comboio, por isso não convém conformar-nos com o que temos. É claro que era muito mais fácil arranjar um emprego sossegadinho no McDonalds, deixar correr os dias e no fim do mês ter uns trocos seguros na conta até se ser despedido. Mas é natural querer-se mais do que isso.
Posto isto, tenho a dizer que já devia estar na cama há muito em vez de andar praqui a falar como gente grande o que era deveras mais produtivo. A vida era tão mais bonita se não houvesse aulas antes das 2h da tarde nem depois das 6h. Oh céus! A humanidade!